RIO ─ Venho recebendo o JORNAL DA MANHÃ com uma regularidade digna de nota. E, relativamente, muito pequeno, caso haja, o extravio da exemplares. Tais conclusões faço devido as pequenas falhas na série recebida.
Acompanho de perto as reportagens sobre a bela cidade onde passei a melhor fase da minha juventude e, através delas, é que noto a constante presença da 'Sulba". tradicional empresa de transportes coletivo da região que, apesar da constante e eficiente ajuda dos poderes públicos, continua servindo mal seus usuários.
Que o diga o "Enfocando".
Não é, de hoje o sofrimento daqueles que necessitam dos serviços oVprimeira empresa de transportes coletivos de Ilhéus, instalaria pilo saudoso Eíisio Nunes, verdadeiro pioneiro desses serviços.
Há muitos anos utilizo os coletivos da "Sulba". Desde quando ela era exclusiva na região, começando na linha entre Ilhéus e Itabuna, avançando depois em todas as direções do Estado, interligando municípios .Afirmo que sou um tradicional sofredor da veterana empresa quo continua a mesma de antigamente. Onibus velhos na área do Sul do Estado, com a justificativa de péssimas estradas e mial conservadas. Horários irregulares. Paradas de acento com a conveniência dos motoristas. "Amabilidades" de motoristas e trocadores, com raras excessões, etc.
Certa vez, necessitando ir a Canavieiras, tomei uma "Marinete' 'da Sul-Bahiana. Naquele tempo ainda não se usava a sigla. Como sempre, saída atrasada em mais de uma hora. As passagens eram vendidas na hora. da saída, pois não haviam reservas antecipadas. O veículos em péssimas condições. Antes de chegar em São José já se notava o que poderia acontecer mais tarde. A viagem prosseguia com pequenas anormalidades e o coletivo com a lotação permitida, quase duas vezes a mais. Arrastando chegamos em Camacã para o almoço que, por determinação do motorista, foi rápido. Entramos na altura de Mascote, na rota de Canavieiras e, em ânimos de uma hora o carro "empacou". Os passageiros saltam enquanto o condutor, depois de verificar o motivo do ''enguiço", sai procurando, na área que circundava a estrada, algo", juntamente com o seu trocador. Os passageiros procuram, saber qual o problema.
— Coisa atoa. Caso encontrasse uma ponta de arame ou mesmo um prego, tudo seria resolvido.
Ouvindo tais afirmações, uma passageira que tomara o “veículo em Camacã, começa a remexer seu "mocó", cheio de trastes velhos, e encontra o objeto salvador: um prego.
Efetivamente era a "ferramenta" de que o motorista estava precisando e com ela consertou o carro.
Minutos depois a viagem prosseguia e com várias horas de atraso chegamos a Canavieiras.
Certamente cenas como estas devem vir se repetindo com regularidade.
Rubens E Silva. Jornal da Manhã. Ilhéus/BA 15/03/1978
quinta-feira, 11 de junho de 2009
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