RIO — Posso dizer dizer que conheço todos es tipos de condução, através de viagéns que tenho realizado ern vários Estados da Federação. Desde o "russo-canela" até o avião, passando por canoas, lanchas a motor, navios, barcaças, automóveis, inclusive caminhão.
Hoje, lembro saudosamente as romarias a Porto Seguro em louvor a Nossa Senhora d'Ajuda, participando em grupos, numa caminhada de 13 léguas, daquelas ditas "de beiço", atravessando, Mugiquiçaba, Santo António, Santa Cruz Cabralia até chegar na tradicional cidade, hoje transformada em atração turística, ligada a BR-101 com bem cuidadas estradas.
Ainda tenho na memória o primeiro desastre de caminhão, em Belmonte as o primeiro caminhão chegado à cidade, de propriedade de Morenito, o fazendeiro Adelino Ribeiro da Costa. O referido caminhão, recém-chegado na cidade, estava cheio de soldados do Tiro de Guerra 595, quando numa curva fechada em frente a Matriz do Carmo, tombou, matando uma criança que viajava clandestinamente no estribo, traumatizando toda a cidade.
Como presidente da mais antiga agremiação de aposentados ─ Associação dos Inativos da Indústria ─ participando "ativamente" dos Congressos Estaduais promovido pelas quase cem entidades," por todo o país, no sentido de chamar a atenção dos Constituídos sobre a vexatória situação dos inativos, infelizmente, renegados a sua própria sorte e que anualmente vêm sofrendo reduções dos seus proventos que, nos últimos anos, chegaram a mais de 65 por cento,
Agora mesmo, como membro da Comissão Permanente dos Congressos dos Aposentados, estava em Salvador, que vai ser sede do V Congresso. A viagem de ida foi pela ''Itapemerim", a. maior empresa de ônibus de Brasil que conheci há anos. O roteiro foi pela BR-116, a Rio-Bahia, hoje estendida até o Norte do País. Viagem comum com paradas em Vitória, Itaobim, Valadares, Teófilo Otoni, Vitória da Conquista, Jequié, Feira de Santana, e, finalmente; Salvador. Com a excessão de Governador Valadares cujo ponto de apoio e fora do centro da cidade mas com algumas opções para o passageiro, as paradas são em Estações Rodoviárias.
Na volta resolvi fazer o trajeto pela BR-101, a chamada litorânea. O ônibus foi a "Penha" uma subsidiária de Itapemerim. A viagem em si, não é má, mas as paradas para café, almoço e janta, continuam um tormento, dado o isolamento a que é obrigado o passageiro, isto porque as paradas obrigatórias são feitas na rede de restaurantes "Flexa" localizada em locais ermos, não dando nenhuma opção, ao viajante que tem de se submeter aos preços impostos pelos seus proprietários, apesar da tabela, sempre vistosa, trazer o aval da SUNAB.
O Churrasco Rodizio a preço alto e os refrigerantes, em quase todos os restaurantes, acondicionados em latas, motivam fraudes pois parece até que os mesmos são liberados. Em garrafas só para os motoristas. Em alguns pontos, existem restaurantes com preços mais razoáveis, porém localizados estrategicamente, como que forçando o viajante a usar o salão principal que, de fato é convidativo, pela aparência. As lojas de lembranças trazem os mesmos artigos.
Há uma diferença enorme entre o ''Flexa de Feira de Santana e o "Flexa" de Vitória. O primeiro podemos dizer que está entregue as moscas, tal o mosqueiro e a relativa falta de asseio. A situação dos dernais restaurantes vai melhorando a proporção que se avança, para o Sul. Em Gandu, Itabuna, Itagimirim, Itamaraju, São Mateus e Vitória, o acontecimento vai gradativamente melhorando, inclusive nos preços, cujas mercadorias, raramente, têm preços redondos. Os artigos sempre apresentam uma fração de centavos, sempre "arredondados" para cima, pois os 5 centavos não existem em nenhuma caixa da rede "Flexa".
Uma excessão honrosa para os motoristas. Ótimos profissionais.
Rubens E Silva. Jornal da Manhã Ilhéus/BA 11/06/1979
quarta-feira, 17 de junho de 2009
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