RIO - "Uma verdade patente os italianos, na sua maioria, são verdade apaixonados pela maravilhosa e sublime arte musical. São também dotados de uma sensibilidade canora "fora de série".
A história da música, desde seus primórdios comprova esta assertiva, além de dar uma certa confiança a qualquer romano, mesmo despreparado para enfrentar qualquer ambiente e exibir seus dotes musicais, cantando trechos dos extraordinários compositores como Giuseppe Verdi, Giacomo Puccini Gioachino Rosaini, Pietro Mascafini e tantos outros patrícios de fama internacional.
Creio ser muito difícil encontrar um italiano, principalmente dentre os mais maduros que, pelo menos, não saiba cantarolar trechos de “Cavaleria Rusticana”, “Madame Butterfly”, "II Barbieri de Siviblia", “La Traviaita", “La Boheme” e “Ainda” , todas de conterrâneos seus, peças obrigatórias do repertório de cantores internacionais, conhecidas mundialmente.
No início deste século, Belmonte foi, podemos dizer, invadida por inúmeras famílias italianas, algumas das quaia não mais deixaram a cidade, onde vivem seus remanescentes, como os Magnavits, os Paternostros, os Trocolis. Outras como os Tostes, Stolzes e os Guerrieres se embrenharam no interior do município. Dos Carnovalis, Gervasis e Lamarcas não se tem notícias. Os Storinos tem seus últimos remanescentes residindo em Salvador e aqui no Rio.
Os italianos, na sua maioria absoluta em Belmonte, ingressaram no comércio de fazendas, instalando suas lojas na Praça 13 de Maio, por este motivo conhecida como a Praça dos Gringos, onde morava uma espécie de patriarca da turma, Alexandre Magnavtta, cujo defeito físico motivado por um desastre caseiro, era cognominado Alexandre Coxo.
Além de sedus pendores para a cantoria, os italianos são inclinados a arte a arte da tesoura, exercendo com invulgar destaque a profisão de alfaiate com maestria.
Dentre os italianos que aportaraa em Belmonte estava o alfaiate Vicente Marseli, bastante conhecido em Ilhéus, para onda onde transferiu ao encontro de pessoas de sua família, terminando seus dias, dos bem vividos 9o anos. Seu corpo está no cemitério da Vitoria.
Vicente Marselli não podia fugir a regra da inclinação italiana para a música. Era também alfaiate e, enquanto confecionava as roupas dos fregueses cantarolava os tradicionais trechos de óperas mais populares, as mesmas que deram fama a cantores como Tito Schippa e Caruso.
Aos domingos Marselli gostava de se reunir, com seus amigos e conhecidos no “Grande ponto”, bar existente na Praça, dos Gringos, para tomar uns “tragos” e, com sua boa voz de barítono cantar suas músicas prediletas. Encontro rotineiro.
Certo dia, ou melhor, certo domingo, o nosso alfaiate ultrapassou com a cantoria, a hora do almoço, obrigando a esposa mandar chamá-lo.
Não sendo atendida, novo chamado, este agora por intermédio do filho Chiquinho Marselli, que cumprindo ordens, não mais deixou o pai e repetia o recado "Papai mamães está chamando". A insistência irritou o velho Marselli a certa hora exclamou zangado:
Que diabo. Já não se pode mais tomar um porre socegado.
Rubens E. da Silva
quinta-feira, 11 de junho de 2009
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