domingo, 12 de outubro de 2008

Reminiscências de Belmonte – “I”

RIO – Foi um dia maravilhoso aquele em Queimados, na Baixada Fluminense quando o assunto predominante foi Belmonte.

Pela manhã, com o genro Florisvaldo, resolvi visitar o velho amigo-irmão Symaco Américo da Costa, jornalista e memoro da Academia Brasileira de Trovas, hoje gozando de tranqüila aposentadoria, depois de 35 anos na organização “Associada”.

Da Costa, na intimidade, filho do saudoso Messias, mestre de bandas, conhecido na Bahia e norte, de Minas, nos idos de 20 e 30, é canavieirense de nascimento mas belmontense de fato, criado que foi nessa, terra onde passou a fase da irresponsabilidade, ou seja a juventude, participando, com" certa reserva das molequeiras dos seus companheiros da Lyra e Tiro 595. Com saudade e certa emoção relembramos àqueles bons tempos.

mal ,cheguei a casa do conterrâneo, fui recebido com uma saraivada de perguntas sobre .Belmonte atual e seu. propalado desenvolvimento com o dinamismo ,do jovem Luiz Guimarães, o prefeito de 1977, descendente de tradicional família de políticos cujo tronco foi o senador estadual Wenceslau Gomes de Oliveira, pai do saudoso Hamilton Gomes de Oliveira, que a revolução "de 30 encontrou como intendente da cidade, Queria saber se a cidade estava amparada com o cais construído pelo Godofredo Bandeira, obra que evitou o seu arrasamento,

deviido ter Horacio Farias ter determinado a destruição da barragem da curva do Freire,no período anterior ao -biênio 1938/1939 Depois passamos em revista as figuras de destaque .do nosso tempo,.das.,.quais ainda existem poucos. Lembramos de Vitorino Anastácio, os Brasões, Mário Andrade, os Conceições, Jersulino Lopes os Melos (Felismino s Poassü) Mário Andrade, Sebastião Pinho, os Matos, Artur Lobão, os Magnavitas, Raul Monteira, Trajano Reis, Benjamim Andrade, José Vencedor, os Peixotos, Tiago Valverde, Frei Belém, os Vianas, Pedro Serra, os Storinos, Amando Rocha, Lafayete Ataydes, os Paternostros, os Ba hias, Melquiades Nascimento, os Barros, Raul Barbosa, Aristóteles Duarte , José Vencedor, Porfíria, tia Xica, Permínio Santos, os Carneiros, os Marselis, Braz Gifoni, Januário Paiva, Alfredo Matos. Hermelino de Assis, mestre Arcelino, os Saturninos (Costa e Santos), João Cebola, Heitor Camacho, os Ramos (José e Joaquim),"os Bandeiras José Vente, os Salumes (Miguel e Jorge), Artur Vieira Grossa, Orlando e Carlos Cruz e tantos outros que na sua maioria'serviram de exemplo para a formação da nossa geração, lapidada, pelos nossos professores, de que tratamos na próxima crônica..

Lembramos que a vida da cidade girava em torno de duas facções políticas divididas entre as filarmônicas existentes: Lyra Popular e "15 de Setembro, Até os clubes de futebol eram divididos entre os partidos políticos com exceção dos dois fundados pelo professor Lúcio, a Associação Atlética e o Floriano, uma espécie de coluna do meio, cujos, torcedores, conforme seus adversários eram da “15” ou da Lyra

Os clubes recreativos tais como Ternos de Reis. Blocos formados de gente dos dois partidos, obrigados que eram obrigados a percorrer toda a cidade, mas havia exceções.

A rivalidade entre s garotada de Biela e Ponta de Areia proporcionaram verdadeiras batalhas que terminaram tragicamente com a morte de um ,garoto da turma da Preguiça, que traumatizou a população e obrigou a autoridade policial tomar enérgica providência para eliminar a rivalidade.

Lembramos de Jose Mãozinha e Maciel Santana que se bandearam da Lyra para. a "15”. Um verdadeiro escândalo e os dois músicos ficaram marcados pelos seus adversários.

Mas convenhamos- que tal rivalidade tinha seu lado positivo, principalmente entre as filarmônicas. Os debates musicais em frente' a igreja de: N. S. do Carmo, eram sensacionais e só terminavam com a intervenção das autoridades, muitas vezes depois de mais de 24.horas quando, por exemplo, repetir uma partitura, podia transformar a festa em verdadeira guerra entre os adeptos das "bandas"

Os coretos verdadeiras obras de arte, eram a atração nas praças 13 de maio (Lyra) e 2 de Julho (“15”).

A política partidária continuará a ser assunto para a próxima “Coisas Velhas e Novas”.


Rubens E. Silva

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