RIO – Vez por outra me vejo obrigado a entrar na seara do Gavião do Norte, o apreciado memorialista de Tabu, que espero conhecer pessoalmente, numa das minhas visitas periódicas a Belmonte, em romaria a Nossa Senhora do Carmo, quando darei um abraço no diretor do quinzenário G. Perrucho, outro meu conhecido apenas de nome.
Lá pelos anos 20 visitei algumas vezes Canavieiras e, depois em várias oportunidades, "passei de passagem" na velha terra das dunas, hoje, segundo sei quase desaparecidas como que acompanhando as demolições de importantes e tradicionais prédios, motivo dos mais variados protestos registrados na tradicional folha da Quintino Bocaiúva.
No esporte conheci dois ótimos goleiros – Bidinho e Piloto – bem -como os esportistas Canelinha, Almiro, Fardamento, dentre outros que fizeram vibrar torcedores que, nos grandes jogos, lotavam o campo estrategicamente situado entre os mangues. Fora do esporte conheci Araújo dono de hotel, parceiro de Antônio Magno que possuía um cabaré na zona do meretrício tradicional personagem das rodas boêmias da cidade e participante de todos os eventos populares locais, principalmente, quando estes no seu programa constassem jogos de quaisquer modalidades. Outro conhecido desta época foi o trombonista Cursino que, nas horas vagas, defendia a profissão de alfaiate. O Cursino era destes que gostam de ser “movidos a álcool".
Da época tenho alguns casos dignos do Gavião do Norte ou, trocando em miúdos, devem constar da "agenda" do cronista de "Antigamente" mas, por força do hábito, sou obrigado assumir a paternidade. Hoje, por exemplo vou "mandar um.
Antônio Magno, além da apresentação acima, e, talvez por isto mesmo, gostava de reunir amigos para almoços preparados pela sua mãe, dona Maria, uma exímia cozinheira, admirada pelos canavieirenses. .
Um belo dia convidou uma turma para saborear um "molho pardo" preparado pela genitora. A turma era composta de umas dez pessoas dentre elas o escrevente Jeconias Bombinho, na época ainda considerado pelos conterrâneos. Sim. Ainda considerado porque, tempos depois, em virtude de ter agredido o padre Júlio, sucessor do padre Benvindo, sofreu tremendo "boicote" dos canavieirenses que o obrigaram a uma "retirada estratégica" para Ilhéus'.
Almoço marcado para meio-dia, apesar da comida pronta, não foi iniciado no horário certo, porque, ;os "circunstantes" resolveram “abrir o a petite" e este teimava em não chegar "ao ponto". A velha mãe do "patrocinador", na. primeira advertência do "tudo pronto" só contou com a presença de Bombinho que se "aboletou" na mesa para "passar o tempo" começou a beliscar a penosa, enquanto os outros comensais continuavam na luta" na tentativa de encontrar o apetite através de "batidas" e outros ingredientes.
Afinal, depois de convenientemente preparados para o almoço com o estômago dando sinais alarmantes os convidados de Antônio Magno se dirigiram à mesa e lá encontram Bombinho espalitando os dentes e a terrina onde estava o molho pardo, completamente vazia, da mesma forma que estavam vazias as tigelas do feijão e do arroz.
As manifestações iradas dos famintos convidados foram dirigidas a genitora ao glutão, enquanto dona Maria voltava à cozinha para um almoço ligeiro, na base de ovos estrelados, avidamente devorados pelos amigos de Antônio Magno.
Rubens E. Silva
domingo, 12 de outubro de 2008
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2 comentários:
Kkkkk essa figura Jeconias Bombinho foi meu avô. Foi casado com Amélia da Silva que passou a se chamar Amélia da Silva Bombinho. Teve como filhos Gilberto, gildasio, meu pai, antolina,giselia, genilda,jose, e Gerson.todos residentes em Belo Horizonte onde ainda vivem José e antolina Bombinho os únicos ainda vivos.
Kkkkk essa figura Jeconias Bombinho foi meu avô. Foi casado com Amélia da Silva que passou a se chamar Amélia da Silva Bombinho. Teve como filhos Gilberto, gildasio, meu pai, antolina,giselia, genilda,jose, e Gerson.todos residentes em Belo Horizonte onde ainda vivem José e antolina Bombinho os únicos ainda vivos.
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