Rubens Esteves a Silva
Foi para mim uma dolorosa noticia saber do falecimento de Rubens E. Silva, querido cronista do TABU, do "Jornal da Manha", de Ilhéus, e um dos fundadores do "Diário da Tarde", de Ilhéus.
Hoje telefonei para Perrucho comunicando-lhe o triste acontecimento e pude perceber o impacto que a notícia lhe causou.
Rubens tinha o hobby de manter acesa a lembrança do passado, principalmente se essa lembrança fosse a de um velho amigo. Com as suas famosas crônicas ele procurava trazer aos dias presentes e à memória de cada um, pessoas de outro tempo com todas as suas características na mais pura intimidade.
Rubens veio radicar-se no Rio do Janeiro cm novembro de 1942, deixando o cordão umbilical plantado em Belmonte, sua santa terra natal, passando por Ilhéus e Canavieiras onde soube conquistar um sem número de amigos.
No Rio de Janeiro também Rubens continuou semeando sua bondade o colhendo novos amigos.
Em Realengo montou seu quartel general. Com Dona, Maria do Carmo Silva, sua digníssima esposa, plantou as estacas e montou as estruturas de uma sólida família.
Entre o pessoal das indústrias gráficas, marcou sua presença tornando-se um grande líder no meio deles, no sentido de ajudar os mais carentes.
Aposentou-se, porem não viu nisso um motivo para parar e sim uma razão para ter mais tempo de ajudar aos semelhantes. l
Com mais alguns colegas, fundou a Associação dos Inativos da Indústria e, por mais de oito vezes, foi reeleito pela totalidade dos votos. ]
Na Associação dos Inativos, conseguiu fazer transitar processos que se achavam encalhados no arquivo do INPS, trazendo de imediato uma solução tão esperada.
Foi presidente do Cruzeiro Futebol Clube e membro do Conselho do Centro Recreativo dos Industriários de Realengo.
Rubens deixou a esposa, D. Carminha, e mais cinco filhos, sendo duas professoras, e uma técnica em Artes Gráficas, um filho sub-oficial da Aeronáutica e o outro formado em Administração de Empresas.
Muito poderíamos falar sobre Rubens, mas deixemos que cada um guarde na lembrança a faceta que mais apreciou naquele homem tão bom.
Geraldo Ferrer Tabu núm. 260. 1ª quinzena junho 1981. Canavieiras BA
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
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