quinta-feira, 9 de outubro de 2008

MEU NETO CLÁUDIO BARBOSA

Em menos de dois anos, mais precisamente, num espaço de um ano, oito meses e 13 dias, desapareceram os principais troncos da família Esteves da Silva, levando de quebra. o mais novo dos seus elementos.

Estou f alando de três irmãos, dentre, os quais a minha veterana mãe, Maria Esteves da Silva, com a avançada idade de 94 anos, conservando uma lucidez excepcional, o mesmo acontecendo com seus irmãos, meus tios Augusta e João Esteves, a primeira com 8l anos e o segundo com 86 anos, o que da uma média de 87 anos, felizmente bem vividos e gozando de consideração por parte de todos que os conheciam.

Mas o mais novo, da família, que desapareceu foi o meu neto Cláudio Barbosa da Silva, com 8 anos de idade.

Ao nascer ficou logo constatado de que o garoto era possuidor de um mal congênito, tendo os médicos diagnosticado para o mesmo uns sete anos de vida ficando inclusive admirados da criança ter nascido com.a visão perfeita

Atrofiado, mas de mente normal, o Claudinho foi vivendo até que depois de uns cinco anos foi perdendo a visão e ficou completamente cego, com isto o medo de andar, o que vinha fazendo com dificuldade.

Sempre deitado, mas conservando a mente perfeita, para a alegria da casa. Conhecia todos nós pelo andar. Falava o dia todo e sabia o nome de vários cantores, pela suas musicas irradiadas, assim como a maioria dos locutores da Nacional e da Tupi.

Todos nós aguardávamos a sua “passagem”, o que, surpreendentemente, não aconteceu aos sete anos. Gostava de chaveiros e nunca se enganou na devolução dos mesmos aos seus donos, fossem eles parentes ou visitantes.

A nossa tia Augusta, há mais de três anos, vinha sendo atacada. de insidiosa doença, agravada com uma operação feita, na "bacia, motivada por uma queda” O sofrimento da tia, era intenso, mas a sua vontade férrea de viver, nos parecia a vir a mantendo viva, conseguindo vencer,as constantes crises a tal ponto que já chegamos a conclusão de que ainda demoraria a chegada do dia fatal

Certo dia, pela manha Cláudio ao acordar, afirma que a mãe da vó tita viria buscá-la.

Não precisa dizer da apreensão que nos apossou. Finalmente o garotinho que já completara 6 anos, nunca havia se referido a minha avó Maria Amélia Tabirá, falecida há cerca de 50 anos, em Belmonte. Mas a apreensão foi momentânea e a previsão do mais novo elemento da nossa família foi completamente esquecida.

Naquele dia às 18 horas, minha tia Augusta falecia nos fazendo lembrar da previsão do Cláudio, para a qual não encontramos explicação porém para os para psicologistas não há nada de sobrenatural na ocorrência, pois eles através de estudos profundos, explicam o fenômeno.

Também o Cláudio previu o falecimento do meu tio João ocorrido precisamente seis meses antes da sua morte, a 12 de agosto de 1976, quando completava 8 anos e 4 meses de existência.

Rubens E. Silva

Nenhum comentário: