Ele foi um dss primeiros grálicos do DIÁRIO DA TARDE vindo, em janeiro de 1928 de Salvador, acompanhado de Alberico, Rocha e Aristotelino, assistindo só da montagem da impressora, como participando da organização da oficina, dentro de um ambiente de euforia e esperança, sob a direçao do inesquecível Carlos Monteiro que, com Francisco Dórea, Eusinio Lavigne e Alcino Dórea, organizaram a empresaj que completa 45 anos de atividade.
Educado por padre Teixeira era homem inteligente, gimples e de bom humor, De caixista passou para auxiliar de gerente e posteriormente componente da redação do jornal, onde morreu, depois de aposentado, como revisor.
Era um homem sempre pronto para atender as solicitações da direçã da casa e, por isto mesmo, captador de amizades.
A noticia de sua morte, recebida quando estava em Salvador, mesmo, não me surpreendendo, me chocou bastante, pois fomos sempre bons companheiros e amigos através da longa convivência não só na empresa, mas mesmo quando me afastei e vim residir na Guanabara} pois sempre estávamos em contato.
Há vários casos pitorescos passados na movimentada vida de Teixeira que com Aristotelino — Lelinho — Roque — Edmundo - Jacinto de Gouveia e Souza Pinto — Perclino, todos falecidos, formaram com Otávio Moura — Mário Sales — Junot, a turma de frente, na primeira década de existência da DIÁRIO DA TARDE, órgão líder da zona cacaueira.
De certa vez, num daqueles passeios esportivos que sempre realizamos no ïnterior, o nosso .Teixeira, que era bom orador, comemorando um aniversário de influente político de Banco do Pedro, pronunciou nada menos do que 16 discursos inclusive saudando o homenageado e logo após, agradecendo a homenagem. Caso, ao que sabemos, inédito nas comemorações politico-sociais.
Nunca deixou de cumprir, a contento a sua missão de gerente e nos mais agudos momentos de .crise, sempre conseguia arrecadar "algum' para minorar as aperturas da "caixa", no tempo das "vacas magras", pois difícilmente os assinantes e anunciantes, escapam daquela conversa fácil e cativante e sempre atualizada;para opinar sobre os mais variados assuntos.
Teixeira se destacava entre Aristotelino, um ótimo coração, trabalhador cujo. defeito era de nunca ou a quase nunca sorrir. De um Rocha, que se preocupava, tão somente em economizar. De Albericocala. dão como nunca. Perolino, cuja mania era colecionar Cadernetas Populares . De Edmundo, que gostava de dinheiro, não perdoando erros em contabilidade, capaz de, corno aconteceu certa vez, reclamar uns centavcs, mesmo depois de ter recebido uma inesperada gratificação. De Lelinho, aquele amigo incondicioal, que morreu em plena atividade; pcdemos dizer. De Mário Sales, sempre mansinho, e silencioso. De Reque atiïidade em pessoa. De Junot, eficiente auxiliar do gerente, mas com uma pose de diretor, de Jacinto de Gouveia, que como pianista era um bom colunista. Pe Souza Pinto, que dirigia bem a gerência da casa.
Hoje, da "turma que participou da primeira década no DIÁRIO DA TARDE, ao que me parece, só resta Otávio Moura, um dos primeiros participantes, da empresa, que na flor dos seus 17 anos, se constitui em 1928 a grande novidade, demonstrando, na redação, uma capacidade precoce, o que lhe valeu galgar a direção do jornal, substituindo o jornalista Carlos Monteiro que em 1938 se transferiu para Salvador, onde instalou uma livraria
Trabalhei durante quase 15 anos no DIÁRIO DA TARDE e convivi com esta turma e este meu trabalho tem por finalidade prestar uma homenagem aos antigos companheiros, no momento em que o nosso jornal, instituindo um “record", para empresas jornalísticas do interior, completa 45 anos de existência ininterrupta prestando relavantes serviços a zona cacaueira, graças a benéfica visão do sr. Francisco Dórea, que desde o dezembro de 1927 participa intensivamente da tradicional empresa jornalística de Ilhéus.
Guanabara, 1° de fevereiro de 1973.
Rubens E. da Silva
Obs.: Sem data e jornal em que foi publicado
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
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