Voltemos ao encontro com o Da Costa e as lembranças dos bons tempos de Belmonte, que já naquela época o Dr. Péricles a chamava de um País e hoje muitos dos seus filhos dizem que ele é a terra do "Já Teve".
Estou com os dois apelidos e comigo está o velho Symaco. Justificando, lembro que na minha terra "já teve" corpo cênico, “já teve" clube literário, “já teve"', corrida de cavalos, "já. teve"' jornal diário, antes circulavam dois jornais (semanários), "já teve" Tiro de Guerra, "já teve” teatro e cinema, "já teve" campeonato regular de futebol, "já teve" livraria, de Cursino Leite.
Passamos em revista as reuniões sociais-dançantes nas casas de dcsta-cadat figuras cia sociedade ,ao som de conjuntos musicais ou mesmo anima das por pianistas. Chegamos a conclusão de que, naquele tempo, existiam cerca de 20 pianos nas residências dos prósperos fazendeiros e dos que hoje chamamos "granfinos", onde se destacava a pianista Palmira Brasão.
Não esquecemos do "bate-barriga" do Liodorio lá nos Sifans, à luz de fifós. As festas de Cabo-Verde e das Anãs. Os cantores preferidos como Irenio e Manoel Rosa. O Santo António de Cirilo e a canjica com genipapo durante as festas juninas. As bodas de prata do noivado de Zimbú Chapadeiro. A façanha inacreditável de João Panã, roubando a filha de Senhorinha, da "15", sendo ele um Lira. As façanhas do “42” e a batalha entre os garotos da Preguiça o da Ponta de Areia. O incêndio do coreto da '15' na véspcra de Natal e a sua imdiata restauração. As barcaças Jacira -e Luzitana. As lanchas de ligação entre Canaveiras e Belmonte. O encalhe do Porto Seguro, na barra. A morte de Vicente Santana, assassinado no Grande Ponto, As serenatas nas noites de luar nas águas do Jequitionha. As cheganças. As batalhas entre Mouros e Portugueses. Os cordões carnavalescos. A Associação dos Escoteiros de Belmonte e sua vitoriosa visita a Ilhéus. O primeiro automóvel chegado a Belmonte, adaptado para Alexandre Coxo. O caminhão de Morenito que ocasionou o primeiro desastre fatal, matando uma criança na Praça da Matriz. O mingau de Tia Chica. A quitanda de Porfíria, onde ocorreu o incidente que encerrou as atividades do Tiro de Guerra 595. A tenacidade de Aristóteles Duarte, enfrentando os correligionários do então intendente Alfredo Matos. A primeira visita da Lira à Porto Seguro. O circo Hermosa e o palhaço Brandão cantando uma "embolada" feita por Carlos Monteiro. A estreia do Belmonte e o mais rápido gol "engolido" pelo Orlando Paternostro. As brigas depois dos jogos, na Praça da Matriz.
Além destes fatos anotamos os nomes das principais figuras que fizeram a história da cidade, pela projeção e atos que merecem a consideração dos belmontenses. Começamos pelos huanitários médicos drs. Zezé (José Teixeira de Freitas), Zezinho (José Matos), Zanie Caldas e, por fim Pinto Dantas, que percorriam toda a cidade atendendo aos que precisassem da sua ajuda, não levando em consideração o resultado econômico do paciente.
E num ping-pong nostálgico, fomos assinalando os seguites nomes: António de Astério, Teófilo Barros, Perminio Santos, Jersulino Lopes, Leonel Santos; João Bonfim, Saturnino Santos, Melquíades Nascimento, Vicente Marseli, João Vicente, Mestre Arcelino — todos operários e exímios profissionais — Vitorino Anastácio, Pascoal Camalier, Felismino Melo, Tiago Valverde, Francisco Batsta, Trajano Reis, Inocêncio Costa, os Conceições, os Ramos, os Monteiros, os Paivas (Januário e Frotelmo). os Andrades (Benjamin, Mário e José), Heitor Camacho, os Patemostros, os Magnavitas, Orlando e Carlos Cruz, os Salumes, os Brasões os Cecilianos (Marques e Siqueira), os Poassus, os Mates (Olegário e Alfredo), os Megas, os Gifonis, Antero Pitanga, os Bandeiras, os Costas (Alfredo e Saturnino), Frei Belém, Tirmênio Prisco, os Silva (Cândido, Joaquim e João), Lafaiete Ataíde, os Rezendes, Baduca Faísca, Gerônimo Gama, os Daielos, os Storinos, os Lemos, os Duartes (José e Aristides), Leocádio Ramos, os Gomes, Jacob Schineider, os Rapoldes, os Quaresmas, Demerval Viana, Adelino Ribeiro da Costa, os Seixas, Artur Vieira, Francisco Batista, os Reuters, os padres Altino, Evaristo, Barreto e Granja, Teodoro Guimarães, os Ludgeros, Pedro Serra, os Chapadciros e os Baficas, dentre outros.
Muitos fatos foram relembrados, alguns até pitorescos que pretendo passar para esta coluna, oportunamente.
De fato, foi um dia maravilhoso aquela lá em Queimados.
Rubens E Silva. Jornal da Manhã. Ilhéus/BA 29/09/1978
sexta-feira, 31 de julho de 2009
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