RIO — O JORNAL DA MANHÃ que acabo de receber me trás o resultado do "Torneio do Cacau", levantado brilhantemente pelo Flamengo do qual participaram 15 clubes, representando a região ca-caueira.
Deve ter sido uma bela tarde esrportiva que reviveu as competições do Torneio Caixeral.
Lá estavam o Flamengo e o Vitória, faltando o Satélite. Sim faltando o Satélite, para falar em termos dos idos do velho estádio construído oelos funcionários do Banco do Brasil que organizou um quadro de .elite, representado por uma tura de altos funcionários, que posteriormente foi posto em segundo plano por estudantes, muitos dos quais, bons de bola.
Naquele tempo, o Vitória e o Flamengo levavam nítida vantagem sobre os tricolores que, vez por outra, conseguiu espetaculares vitórias, justamerite em momentos, porque muitas vezes, uma vitória do Satélite desbancava um outro, dando uma nova feição ao campeonato,
Vez por outra surgiam novos clubes tais como o Náutico, Ilhéus, Santa Cruz, Guarani e outros, porém, a força tradicional pertencia aos 3 tradicionais clubes.
Não sei se o F1amengo e Vitória atualmente vem tendo o apoio da velha guarda, ou mesmo dos remanescentes das duas valorosas torcidas compostas de gente de toda a
espécie, desde os exaltados como Manoel Caboclo que se postava atrás da meta adversária até o pacato Cachoeira que torcia, podemos dizer "para dentro incapaz de ofender qualquer adversário.
Mas a rivalidade dos dois clubes era que mantinha o bom nível do futebol ilheense que se constituiu num. celeiro de craques espalhados por todo o país.
Popó de Ilhéus, Tuta, João Caboclo, Palmer, Pipiu, Jonas, Ranulfo, Incêndio, Nelsinho, Gudo, e tantos outros, saídos dos gramados da Ponta da Areia, confirmam a eficiência do futebol a partir do Campoo do Satélite até os primeiros anos do "Mário Pessoa",
A Liga Ilheense era palco acirrados debates onde Rogério Nascimento e Fernando Barros, se degladiavam em defesa de tradicionais equipes. Entretanto, o ardor das discussões em que muitos participavam, tais como Crescenciano Santos, Augusto Ferreira, Milton Bastos, Otavinho, Amâncio Ferreira, só para falar dos representantes do Flamengo e Vitória, não proibia que, depois das agitadas reuniões, todos se dirigissem ao bar, ou mesmo a bordo de um "Iia", para disputar, nos dados, uma cervejinha ou um chopinho bem gelado, demonstrando o alto grau de esportividade de que eram possuidos os representantes junto a entidade máxima.
Que saudades dos velhos e bons tempos. ..
Rubens E. Silva. Jornal da Manhã. Ilhéus/BA 27/01/1978
domingo, 16 de novembro de 2008
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