RIO — Acabo de regressar de Salvador, onde assisti uma vibrante e extraordinária demonstração de fé religiosa.
De há muito desejava assistir uma procissão ao Senhor dos Navegantes, na velha Bahia, capital do Brasil que, todos os anos. abre a temporada turística da mais bela das cidades brasileiras, cantada em prosa e versos por todo o mundo .Esta temporada se prolonga por todo o ano, pois no mesmo local que começa, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, se encerra a 8 de dezembro.com a tradicional festa em louvor a Excelsa Santa, tão venerada como -Senhor do Bomfim, o verdadeiro Santo dos baianos.
Os preparativos para a procissão, com missas desde às 5 horas da manhã, levam à Praça do Elevador Lacerda, milhares: de fiéis que se acotovelam a procura de acomodações para acompanharem a festa maritinia, nas mais diversas embarcações na maioria, embandeiradas, que vão desde pequenos escaleres, botes, saveïros, até os grandes navios da "Bahiãna”
As chuvas que desabaram à noite em Barroquinha e que pela manhã, ameaçavam . por toda a área onde deveria passar o cortejo religioso, não atemorizavam os fiéis que finalmente, acabaram vencendo a batalha pois apenas ríspidos qhuviscos ocorreram durante as 4 horas de intensa vibração.
Às 10 horas, conduzida por uma Galeota puxada por uma treinada equipe de marinheiros ,teve início a procissão ,partindo do cais da Escola de Marinheiros, atravessando o Forte e se dirigindo ao Rio Vermelho entusiasticamente aplaudida- Daí voltando em direção a Monte Serrat, onde uma compacta multidão aguardava a sua chegada e que aplaudiu delinrantemente a imagem do Senhor dos Navegantes que, na véspera, fora fazer uma visita à Nossa Senhora da Conceição.
As embarcações que acompanhavam s procissão, muitas das quais com orquestras, faziam arriscadas evoluções,-principalmente as lanchas voadoras; porém não se verificou nenhum incidente,
Tanto em Rio Vermelho como em Barroquinha a massa humana se comportou pacifica e entusiasticamente.
Foi uma festa inesquecível que, pelo semblante dos espectadores, agradou plenamente (principalmente aos turistas: que em sua maioria, lotaram as três grandes ermbarcações da "Bahiana", ao preço, para mim exorbitante, de CrS 120,00 "per capita".
A nota humorística, em meio daquela babel de embarcações, foi um pequeno saaveiro, ao cruzar pelo navio, um dos seus dois tripulantes grita lá de baixo:
— Saiam da frente bagageiros!
Uma gargalhada dos previlegiados viajantes do navio, foi a resposta ao insólito saveirisía.
Rubens E. Silva. Jornal da Manhã. Ilhéus/BA 14/07/1978
domingo, 16 de novembro de 2008
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