RIO ─ Foi justamente no dia 10 de fevereiro de 1928, terça-feira, com 16 páginas, que saiu o primeiro número do- DIÁRIO DA TARDE ante uma grande expectativa de toda a cidade. As folhas eram disputadíssimas e, apesar dos 1,500 exemplares, em apenas, dois dias, a edição estava praticamente esgotada, superando os cálculos da direção, que previa substancial "encalhe", que serviria para promover eficientemente divulgação, do novo jornal, em toda, zona cacaueira.
Eíetivamente foi um dia de festa em Ilhéus, Um dia inesquecível. Muito antes da saída do jornal, marcada para às 15 horas, grande número de pessoas se apostava à frente da redação se misturando com os-"biribanos" ─ vendedores de jornais ─ a espera do esperado, momento.
O DIÁRIO DA TARDE transformou-se imediatamente; na "coqueluche" da cidade. As edições se esgotavam rapidamente, Os chamados "artigos de fundo", de Carlos Monteiro, se transformaram em pêndulo da opinião política que terminou por liderar, na: região, o movimento que levou. Getúlio Vargas, em. l 930. ao: poder e como ele, em Ilhéus, um dos seus empresários, Eusínio Lavigne, que também assinava artigos políticos no novo jornal. Qctávio Moura como já dissemos, era responsável pelos ineditoriais.
O jornal possuía várias seções, inclusive a poética escrita pelo saudoso.. Sosígenes Costa, com a participação de Lafayete Soares e, depois de Jacinto de Gouveia, que fazia a crônica de abertura da coluna social
A parte gráfica do jornal! procurava o máximo possível se modernizar, contando para isto a equipe de tipógrafos que, além dos "importados", Perolino, Benzano, Simplicio e depois, Lelinho; Zelito Edmundo Tiloloí acrescida pelos auxiliares Roque Nunes, Xico de Getúlio e Ulisses, do Pontal, entrando depois Mário Sales
Na parte administrativa e financeira» colaborando eficientemente com, o Souza Pinto estava o auxiliar Junot Almeida, hoje funcionário da Petrobrás.
O gráfico Antônio Benvindo Teixeira,da composição passou a ser revisor e, posteriormente para a gerência, o mesmo acontecendo com Vivaldo Reis (Lelinho), que faleceu, em plena atividade. Os dois também faziam viagens, ao interior, representando o; "DIÁRIO”.
Em 1930, devido a sua ascensão a Prefeitura .de Ilhéus, Eusínio Lavigne, retirou-se da Empresa, cumprindo assim preceito jurídico,
O jornalista Carlos: Monteiro dirigiu a organização durante 10 anos, solicitando demissão e transferindo sua residência para Salvador, onde instalou uma Papelaria que, antes dá sua morte, a transferiu para Carlos Alberto Monteiro, seu filho.
Uma edição de 40 páginas; assinalando o 10°. aniversário do DIÁRIO DA TARDE, marcou em 1938, a despedida de Carlos "Monteiro do vitorioso jornal.
Rubens E. Silva. Diário da Tarde. Ilhéus/BA 11/02/1978
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
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