— A "republica" era constituída de uma turma muito boa, que a par da sua contagiante alegria, não só se excedia- Ficava instalada na rua Cel. Paiva, bem juntinho onde morava remanescentes de tradicionai família que vivia baseada nos "louros alcançados" pelo seu velho chefe, destacado elemento da primeira fase da república e teve seu nome gravado naquela rua. Seu chefe era Everaído Farias o popüiaríssinio ''Peixinho, líder comerciário e seus participantes Rubino Lopes, Libério Menezes, Marcolino Corrêa, Dr. Cachorro, Alvinho e mais uns dois que davam para superar, em muito ,a capacidade- fisica da casa. Havia também uma espécie de governanta, a Nana Lopes, irmã do irriquieto jornalísta Joaquim (Quinquim) Lopes cuja principal preocupação era madrugar na Tarifa do Peixe a cata de um pescado.
Era um- turma alegre que promovia e participava de todos os eventos sociais da cidade, principalmente o Carnaval dando um colorido e uma movimentação que começava nas noites de sábado (na énoca o comércio funcionava integralmente aos sábados) encerrando ao raiar da qnarta-feira de cinzas.
Nas estas do Dia do Caixeiro era a "Sardinha em Lata" que dava o toque festivo do tradicional acontecimento socio-esportivo, sob a orientação máxima do "Peixinho", lídimo representane da classe.
A programação se iniciava cedo com maratona pela cidade, seguindo com o Torneio Caixeiral e encerrando com o baile dos commerciários.
A lembrança da "Republica Sardinha em Lata", e consequentemente esta crônica, me veio com a recente notícia da morte de um dos seus componentes: o velho amigo Lib´rrio Menezes..
São poucos meus escritos em torno de necrológicos . Sou mesmo avesso a este tipo de crônica, porém, por dever ou obrigação, aliado a laços de amizade conquistados através de uma convivência íntima e sincera, tenho de me reportar sobre os que se foram, como no caso
Todos .da ''Sardinha" eram amigos. Primeiro foi "Peixinho', depois Alvinho que surpreendentemente se suicidou. Marcolino da Cruzeiro do Sul, talvez traumatizado com o seu afastamento da empresa após muitos anos, faleceu prematuramente. Por fim Liberio- Todos bons amigos de muitos anos.
Não tenho notícias do Rubino nem do Dr. Cachorro, apelido dado ao Aderico, não só por ser prático de farmácia, como pela sua aparência com o "melhor amigo do homem”.
A todos os ''republicanos", amigos das disputas de bebidas nos bares da Praça Firmino Amaral, em dados ou em bilhar, muita paz.
Rubens E. Silva. Jornal da Manhã. Ilhéus/BA 18/01/1978
domingo, 16 de novembro de 2008
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