Em Ilhéus, naquela época ,morava um nosso conhecido, estabelecido com escritório de representações. Sujeito educado com um vasto circulo de amizades, participando inclusive das atividades esportivas, representando c Satélite na Liga Ilheense de Desportes Terrestres.
Tinha um defeito. E quem não os tem?
Nas discussões, muitas vezes se irritava principalmente quando contrariado nas suas opiniões.
Chamava-se Gaborgini e constituiu família, unindo-se a destacada figura cïa sociedade local, cujo chefe além ds alto funcionário da Prefeitura era intelectual
O caso que vou relatar me ocorreu com o recente falecimento do proprieíário de "O Brilhante", tradicional estabelecimento especializado em jóias, localizado na Rua Marquês de Paranaguá.
Estou falando de Salvador Dias que também era agente Ictérico e representante de publicações periódicas.
Salvador tinha uma relação de fregueses que constantemente compravam bilhetes de lotería. Gostava inclusive, quando sobrava alguns, mandar levar em casa deles, o que muitas vezes dava certo, pois dificilmente os mesmos eram devolvidos.
Certa vez, não tenho bem lembrança se por São João ou Natal, Salvador mandou uma sua empregada levar a casa do Gaborgini, uni bilhete, cuja corrida seria no outro dia-
Gaborgini, recusou ficar com o tal bilhete e a funcionária voltou sem cumprir sua missão.
O dono do "Brilhante" mandou de volta a funcionária que, desta vez não foi bem recebida, pois muito mal Gaborgni lhes abriu a porta. Estava na hora do jantar. Insistia em não aceitar o bilhete que foi jogado às suas mãos conforme mandara o patrão.
No dia da corrida Gaborgini tentou devolver o bilhete com o que não concordou Salvador, dizendo que; não precisava pagar na hora.
À tarde, na extração da loteria o bilhete premiado foi o que insistentemente Salvador obrigou seu freguês a ficar.
É o tal negócio de acreditar na "fatalidade'",
O bilhete foi pago depois de premiado.
Rubens E Silva. Jornal da Manhã. Ilhéus/BA 20/12/1977
domingo, 24 de maio de 2009
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