domingo, 24 de maio de 2009

A falta de apoio ao futebol.

RIO •— Está sendo disputado o Caimpeonato Nacional de Futebol, supervisionado pela Confederação Brasileira de Desportos, dentre dezenas de clubes e selecionados de todo o país, está a representação de Itabuna, substituindo Feira de Santana, alijada por Espírito Santo, numa batalha onde o fator política foi, podemos, dizer, decisivo.

Quem, como o cronista participou da fase áurea do futebol ilheense, com certa amargura vê, afastada da extraordinária competição nacional a entidade da outrora Princesa de Sul que, de há muito vem perdendo, neste setor, para a sua tradicicnal competidora, devido a falta de incentivo e principalmente por parte de empresários e homens de negócio os quais demonstram-se incapazes de verifcarem quanto estão perdendo com as visitas períódicas de entidades participantes, acompanhadas de torcedores.

Também a admininstração municipal, que devia incentivar e trabalhar pela participação de um conjunto no campeonato.

se esquece quanto Ilhéus ganharia, não só de divisas, mas de projeção, tendo um seu representante disputando Jogos por todo Brasil, a exemplo do que aconteceu com Londrina em 1977 que, depois de uma repescagcm, chegou as finais, causando repercursão em todo o País.

O declínio do futebol ilheense vem de muito temp e, não fosse a boa vontade de uma plêiade de desportistas, o ganizando torneios e competições internas, o futebol teria desaparecido completamente, justamente depois da cidade “possuir o melhor e mais completo Estádio do Norte e Nordeste do Brasil", conforme o JM, ao mesmo tempo em que reclama contra as partidas realizadas em dias alternados, sem a presença do público.

Segundo se sabe, o declínio do futebol ilheense, vem desde a implantação do profissionalismo. É uma desculpa que não aceitamos, uma vez que outras cidades, ou municípios, com arrecadações inferiores a da Capital do Cacau, vêm participando dos campeonatos nacionais, contando com o decisivo apoio da municipalidade que representa, com resultados positivos, projetando suas comunidades, proporcionando divisas com as visitas dos adversários, um dos cbjetivos da CBD.

Tenho absoluta certeza de que o declínio de poderio esportivo de Ilhéus tem como causa principal o desaparecimento da rivalidade entrc Ilhéus e Itabuna, responsável pelo desenvolvimento do esporte nas duas grandes cidades produtoras de cacau. Era uma rivalidade até certo ponto agressiva mas geradora de incentivos para o aprimoramento daquilo que as comunidades se propunham apresentar, efetivamcníe o lado positivo dos confrontos.

Naquele tempo, quem aceitaria ver Itabuna ou Ilhéus participarem de uma competição como o Campeonato Nacional, sem a companhia de um dos dois?

Coisa impossível. Mas os tempos são outros.

Rubens E Silva. Jornal da Manhã. Ilhéus/BA 04/05/1978

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