RIO — Não sei como Ilhéus está comemorando atualmente o Dia do Caixeiro, mesmo porque, devido a uma determinação oficial, depois de ouvidos os interessados, os dias consagrados as diversas classes, tais como professores, funcionários públicos, comerciáros, etc, foram alterados e passaram o ser móveis, com exceção do Dia do Trabalho, mantido no dia 1º de Maio. Porém, vale a pena relembrar como, na bela cidade de São Jorge dos Ilhéus, era feriado o 30 de outubro, data comemorativa dos Empregados no Comércio.
Era um dia de festa, eminentemente esportiva. Pela manhã, uma Corrida, cujo trajeto abrangia toda a cidade, atravessando o Plano Inclinado, Alto da Conquista, descendo a Ladeira da Vitória, seguindo a Rua da Linha e depo;s de passar pela Ilha das Cobras descia a Rua Paranaguá até o Vesúvio, onde terminava. O atletas eram aplaudidos, orientados e até vaiados pela população. Por muitos anos o interesse geral era pelas colocações secundárias, uma vez que o atleta do Flamengo, Gaiola era o tradicional vencedor da prova. Isto até que num certo ano, apareceu o que seria, podemos dizer o mais famoso fundista do Estado, o rústico João da Verdura, um vendedor de hortaliças a domicílio, que morava lá pelo Alto do Ceará.
Efetivamente João da Verdura, que ficou conhecidíssimo por ter derrotado Gaiola, foi protagonista de uma grande façanha em Salvador, convidado que foi a participar de uma tradicional maratona na Capital do Estado.
Mal conhecendo o itinerário da prova, mesmo porque também não conhecia a cidade, João da Verdura, em plena prova, exttraviou-se da rota, só a alcançando só a alcançando novamente depois de mais de cinco minutos. Mesmo assim o nosso herói levou de vencida a tradicional maratona, na qual participavam os mais famosos corredores.
Mas, vamos a Festa dos Caixeiros.
Depois da maratona ,na parte da tarde, tinha lugar um Torneio de Futebol disputado entre equipes formadas pelos estabelecimentos comercais, no velho campo do Satélite. Creio que até no "Mário Pessoa" ainda foi disputado, com a participação de não de mais de 10 clubes.
O contraste do Torneio Caixeiral e o sucesso, era a participação entre "cracks", de verdadeiros "Pernas-de-Paus". Estes sim, eram os donos do espetáculo. Distribuiam caneladas a torto e a direito, fazendo a assistência delirar e constituindo motivo de comentários, nas ruas da Praça Firm;no Amaral.
O êxito das competições do Dia do Caixeiro, estava na.sua aparente desorganização. comandada pelo saudoso Everaldo Farias, o "Peixinho" que com seus companheiros da "Sardinha em Latas", tais como Libério Menezes, Rubino, Marcolino, Dr, Cachorro" todos comerciários e mais alguns, conseguiam controlar as arestas, e, finalmente, alcançando grande êxito.
Rubens E. da Silva. Jornal da manhã. Ilhéus/BA 04/11/1977
domingo, 24 de maio de 2009
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