RIO ¬ Há dias colaborando com o jovem Ady Brandão, dei alguns dados sobre a sua crônica que falava, da notícia do Flamengo, o Flamengo dos velhos tempos, poderia ressurgir.
Hoje volto a complementar a mencionada crônica, agora para falar do tradicional adversário dos "amarelinhos", ou seja do vitória, o clube do Dr. Lopes.
O Vitoria, quando da mudança das atividades esportivas da cidade, do Campo da Linha, em frente à Fonte da Cruz, para o Estádio do Satélite, dos funcionários do Banco do Brasil, era uma espécie de "freguês” do auri-negro, pois teimava em manter na sua equipe, jogadores ultrapassados, tais como Sula, Joel e tantos outros como Enedino Carteiro, que quando com a bola enfiava a cara no chão e saía dando trombada a torto e a direito ou, como Professor Camilo que, na linha de beque, ao ao rebater uma bola adversária, se ajoelhava, abria os braços para a torcida, dando oportunidade aos rápidos adversários que, na recarga, encontravam facilidade de marcar seus tentos.
Porém, no novo campo os dirigentes do Vitória resolveram “remoçar” sua equipe substituindo João Sá, Demola, Lelinho e outros com Zelito, Popó, Seuvaga (substituto do mano Lulu Lopes) Deouro, Hermes (substituto de Geninho), Sergipano, Ubaldo Kruschewsky, Seudeixa, Neneu, (dois titulares do escrete ilheense), Fateiro, Alfredo, Everaldino, João Caboclo (oriundo do Satélite) e tantos outros.
Com a substituição, o auri-negro conseguiu quebrar a série de vitórias do Flamengo e até equilibras as ações, levantando alguns campeonatos e muitos vices.
Naquele tempo havia também as competições extra-campo desenroladas na sede da Liga Ilheense na Avenida Soares Lopes, onde representantes dos dois clubes juntamente com a representação do Satélite e, posteriormente, com o pessoal do Ilhéus e Santa Cruz, defendiam seus atletas, travando memoráveis debates, onde Rogério (Fla) e Fernando Barros (Vit.) se ressaiam. Lá estavam Octávio Bonfim, Oswaldo brandão, Milton Bastos, Ferreira do Posto, Amâncio Ferreira, Duvaltércio, Moura Costa e tantos outros que, por mais ferrenho que fosse o debate, ao finalizar a turma se dirigia a um bar ou mesmo a bordo de um Ita, para um lanche ou um chopinho gelado, numa confraternização extra-campo.
Bons tempos àqueles da Liga Ilheense de Desportos Terrestres.
Rubens E Silva. Jornal da Manhã. Ilhéus/Ba 29/09/1977
sábado, 4 de abril de 2009
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