sábado, 4 de abril de 2009

Acrósticos em profusão

RIO ¬ Nos idos de 20, participava como músico, da tradicional "Lyra Popular", organização de Belmonte que, graças possuir uma sede, vem desde 1917, se arrastando com altos e baixos. .Comigo uma turma da pesada da qual faziam. parte o jornalista-trovador Symaco da Costa, dos "Diários Associados", Heriberto Simões, João Panam, Miguel Dativo, Cosme Minervino. Virgílio Papão e tantos outros que davam um trabalhão ao maestro Braz Gifoni.

Certo dia apareceu um garoto dizendo-se disnosto a aprender a sublime arte das 7 notas. Tipo desconfiado de cara ama-rada, de poucos amigos. A turma, por mais que procurasse, atrair o novo elemento para seu grupo ,nao conseguia, pois o calouro só queria mesmo aprendcr o valor daqueles "cachimbos" representativos das notas musicais. Aluno aplicado, com rapidez se integrou à estante destacando-se dentre todas e em pouco tempo já desvendava os mistérios da grande arte musical.

Estou falando do Dário dos Santos, escrevente de coletoria do Estado de Minas Gerais, hoje aposentado

O nosso amigo nos aparece como escritor e em menos de dois- anos edita dois livros. O primeiro, de contos em torno de um popular vendedor de doces que certo dia comprou uma bola e organizou um clube de futebol ,cscolhendo seus participantes. Um livro que alcançou grande sucesso em Belmonte, onde nasceram os jogadores, muitos dos quais ainda vivem espalhados por este Brasil a fora.

Agora, o Dário que pela vivência, se transformou completamente, não é mais aquele moço arredio e desconfiado que, dirigindo o "Jazz Tucan", não gostava de atender pedidos quando tocava em festas dançantes. Já tolera piadas: e até rir e, de quebra, nos apresenta um novo livro: "Acrósticos cm Profusão", trazendo cerca de 59 poesias, dedicadas aos vellhos e novos amigos, além de homenagear astros do rádio e televisão.

Impresso pela Editora Comunicação, de Belo Horizonte, onde reside há muitos anos e é torcedor doente do Atlético.

Sobre "Acróstícos Profusão” o jornalista e escritor J. Duarte, no "Vigia do Vale", de Almenara — MG, assim se pronuncia:

"... o autor contemplou com acrósticos inspirados, a homenagear pessoas considerados amigos, com o amor que lhe vem do berço, a sinceridade que preside seus atos na vida, sem bajulação dos hipócritas e dos sabuios".… Sei apenas que Dário se inspira no amor que dedica à sua terra sua crença e tradições".

Meu abraço ao velho conterrâneo e colega de estante.

Rubens E da Silva. Jornal da Manhã. Ilhéus/BA 31/10/1977

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